segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Descoberta

Sim, não fomos nós que decidimos. É claro que foi destino, ou até algo divino. Reflexos de almas? Similaridade linguística? Acaso? Que bons ventos a trouxeram? O balaço das ondas? Desejo de alçar voos maiores? Explorar o desconhecido? Simplesmente aconteceu. Um arco-íris de cores vibrantes, que me é alucinante.  Não se sabe onde termina (e se termina). Eu sigo, eu paro. Existe pausa, existe descanso. Antes de tudo, existe calma,  existe alma, um mix de se entregar e receber, carinho e vontade,  existe reciprocidade? Receio e desejo, certo e  incerto, querer e poder. A gente brinca e se arrisca sem saber. Existe um tempero gostoso, que mistura chocolate, pimenta e limão, uma especiaria de inigualável combinação. Um jogo de sedução, que nos enche de vontade e inquietação. Mergulho nesse mar de desejo, deixando a correnteza levar, sou guiada pelos ventos, que insistem em me puxar. Às vezes piso em terra firme, outras em areia movediça vou pisar, me parece faltar o ar. Sigo então pro alto mar. Mergulho de cabeça, na profundidade do seu ser. Se eu posso, como saber? Passeio entre os corais, admirando a paisagem e deixando acontecer. E agora que fazer? Descubro uma concha preciosa, diferente e grandiosa, com uma pérola a esconder. Eu cuido do tesouro encontrado. Tento não ficar parado, mas agitado é esse mar, para eu me aventurar, tem piratas ao redor. Será que devo recuar, para não ficar pior? Eu nunca  sei o que fazer. E por tentar te proteger, eu insisto em me conter.

Pensamentos da Lilo em 08/06/2017

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