Sim, não fomos nós que decidimos. É claro que foi
destino, ou até algo divino. Reflexos de almas? Similaridade
linguística? Acaso? Que bons
ventos a trouxeram? O balaço das ondas? Desejo de alçar voos maiores?
Explorar o
desconhecido? Simplesmente aconteceu. Um arco-íris de cores vibrantes,
que me é alucinante. Não se sabe onde termina (e se termina). Eu sigo,
eu paro. Existe pausa, existe descanso. Antes de tudo, existe calma,
existe alma, um mix de se entregar e receber, carinho e vontade,
existe reciprocidade? Receio e desejo, certo
e incerto, querer e poder. A gente brinca e se arrisca sem saber.
Existe um tempero gostoso, que mistura chocolate, pimenta e limão, uma
especiaria de inigualável combinação. Um jogo de sedução, que nos enche
de vontade e inquietação. Mergulho nesse mar de desejo, deixando a
correnteza levar, sou guiada pelos ventos, que insistem em me puxar. Às
vezes piso em terra firme, outras em areia movediça vou pisar, me parece
faltar o ar. Sigo então pro alto mar. Mergulho de cabeça, na
profundidade do seu ser. Se eu posso, como saber? Passeio entre os
corais, admirando a paisagem e deixando acontecer. E agora que fazer?
Descubro uma concha preciosa, diferente e grandiosa, com uma pérola a
esconder. Eu cuido do tesouro encontrado. Tento não ficar parado, mas
agitado é esse mar, para eu me aventurar, tem piratas ao redor. Será que
devo recuar, para não ficar pior? Eu nunca sei o que fazer. E por
tentar te proteger, eu insisto em me conter.
Pensamentos da Lilo em 08/06/2017
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